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#patrocinado | A Casa da Câmara



"Até finais do século XIV, segundo o historiador José Mattoso, as assembleias municipais “efectuavam-se ao ar livre, nos claustros, nos adros das igrejas, ou debaixo de um carvalho. Só depois começaram a reunir-se em recintos fechados, quando o número de participantes nas reuniões foi reduzindo. Daí o nome de Câmara que acabou por prevalecer para designar o edifício onde se reunia o grupo de magistrados do concelho".

(...)

No que diz respeito a Abrantes, só a partir de 1392 começam a aparecer referências à existência de uma Casa da Câmara, que tinha o seu assento, ao que parece, na Rua Nova, nas proximidades da judiaria. Não se sabe quando foi transferida para o local onde hoje se situa, mas certo é que já ali se encontrava no reinado de D. Manuel I. Também se sabe que em 1593, o edifício existente nesta praça, estava bastante arruinado, não oferecendo quaisquer condições de conforto a quem nele trabalhava. Reinava então, em Portugal, Filipe II de Espanha, que, tendo conhecimento do caso, emitiu um alvará onde ordenava que a sua reconstrução se desse por arrematação aos mestres de cantaria Baltazar Marinho e Pedro Antunes, que se propunham executar a obra por 2000 réis. Não se sabe bem porquê, mas as obras não avançaram, de modo que em 1596 acertou a Câmara com o mestre das obras reais de Tomar, Mateus Fernandes, a construção do novo edifício que deveria estar pronto dentro de três anos. Como é habitual nestas coisas, as obras não estavam prontas no prazo indicado, por falta de verbas ou por estas terem sido desviadas para outros fins e sabe-se que no início do século XVII ainda não estavam concluídas. Só em 1627 foi construída a Torre do Relógio, tendo sido entregue a sua construção ao pedreiro João Rol. Foi o novo edifício dotado de três pisos: no rés-do-chão tinha um alpendre e uma loggia, a que chamavam a Casa da Pissarra, onde se guardavam mercadorias para venda, como castanhas, vinho, etc., no primeiro andar encontrava-se a Casa da Audiência, com uma varanda gradeada sobre a praça, no último andar estava a Casa da Câmara, propriamente dita, onde se reunia o Senado e se faziam as vereações. Este último andar já tinha, como tem hoje, uma varanda virada para a praça.” (1)


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Fonte: (1) "Abrantes - Lugares com História", Maria Teresa Aparício - CMA



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